Português (brasileiro) Bíblia - João Ferreira de Almeida Atualizada

Marcos 5

Marcos

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Capítulo 6

1


 

  Saiu Jesus dali, e foi para a sua terra, e os seus discípulos o seguiam.     

 

 

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2


 

  Ora, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ao ouví-lo, se maravilhavam, dizendo: Donde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe é dada? e como se fazem tais milagres por suas mãos?     

 

 

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3


 

  Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? e não estão aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se dele.     

 

 

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4


 

  Então Jesus lhes dizia: Um profeta não fica sem honra senão na sua terra, entre os seus parentes, e na sua própria casa.     

 

 

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5


 

  E não podia fazer ali nenhum milagre, a não ser curar alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.     

 

 

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6


 

  E admirou-se da incredulidade deles. Em seguida percorria as aldeias circunvizinhas, ensinando.     

 

 

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7


 

  E chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e dava-lhes poder sobre os espíritos imundos;     

 

 

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8


 

  ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, senão apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no cinto;     

 

 

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9


 

  mas que fossem calçados de sandálias, e que não vestissem duas túnicas.     

 

 

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10


 

  Dizia-lhes mais: Onde quer que entrardes numa casa, ficai nela até sairdes daquele lugar.     

 

 

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11


 

  E se qualquer lugar não vos receber, nem os homens vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles.     

 

 

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12


 

  Então saíram e pregaram que todos se arrependessem;     

 

 

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13


 

  e expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.     

 

 

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14


 

  E soube disso o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara célebre), e disse: João, o Batista, ressuscitou dos mortos; e por isso estes poderes milagrosos operam nele.     

 

 

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15


 

  Mas outros diziam: É Elias. E ainda outros diziam: É profeta como um dos profetas.     

 

 

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16


 

  Herodes, porém, ouvindo isso, dizia: É João, aquele a quem eu mandei degolar: ele ressuscitou.     

 

 

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17


 

  Porquanto o próprio Herodes mandara prender a João, e encerrá-lo maniatado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; porque ele se havia casado com ela.     

 

 

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18


 

  Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito ter a mulher de teu irmão.     

 

 

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19


 

  Por isso Herodias lhe guardava rancor e queria matá-lo, mas não podia;     

 

 

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20


 

  porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo, e o guardava em segurança; e, ao ouvi-lo, ficava muito perplexo, contudo de boa mente o escutava.     

 

 

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21


 

  Chegado, porém, um dia oportuno quando Herodes no seu aniversário natalício ofereceu um banquete aos grandes da sua corte, aos principais da Galiléia,     

 

 

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22


 

  entrou a filha da mesma Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos convivas. Então o rei disse à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.     

 

 

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23


 

  E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino.     

 

 

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24


 

  Tendo ela saído, perguntou a sua mãe: Que pedirei? Ela respondeu: A cabeça de João, o Batista.     

 

 

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25


 

  E tornando logo com pressa à presença do rei, pediu, dizendo: Quero que imediatamente me dês num prato a cabeça de João, o Batista.     

 

 

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26


 

  Ora, entristeceu-se muito o rei; todavia, por causa dos seus juramentos e por causa dos que estavam à mesa, não lha quis negar.     

 

 

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27


 

  O rei, pois, enviou logo um soldado da sua guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Então ele foi e o degolou no cárcere,     

 

 

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28


 

  e trouxe a cabeça num prato e a deu à jovem, e a jovem a deu à sua mãe.     

 

 

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29


 

  Quando os seus discípulos ouviram isso, vieram, tomaram o seu corpo e o puseram num sepulcro.     

 

 

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30


 

  Reuniram-se os apóstolos com Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado.     

 

 

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31


 

  Ao que ele lhes disse: Vinde vós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que vinham e iam, e não tinham tempo nem para comer.     

 

 

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32


 

  Retiraram-se, pois, no barco para um lugar deserto, à parte.     

 

 

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33


 

  Muitos, porém, os viram partir, e os reconheceram; e para lá correram a pé de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles.     

 

 

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34


 

  E Jesus, ao desembarcar, viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.     

 

 

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35


 

  Estando a hora já muito adiantada, aproximaram-se dele seus discípulos e disseram: O lugar é deserto, e a hora já está muito adiantada;     

 

 

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36


 

  despede-os, para que vão aos sítios e às aldeias, em redor, e comprem para si o que comer.     

 

 

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37


 

  Ele, porém, lhes respondeu: Dai-lhes vós de comer. Então eles lhe perguntaram: Havemos de ir comprar duzentos denários de pão e dar-lhes de comer?     

 

 

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38


 

  Ao que ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver. E, tendo-se informado, responderam: Cinco pães e dois peixes.     

 

 

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39


 

  Então lhes ordenou que a todos fizessem reclinar-se, em grupos, sobre a relva verde.     

 

 

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40


 

  E reclinaram-se em grupos de cem e de cinquenta.     

 

 

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41


 

  E tomando os cinco pães e os dois peixes, e erguendo os olhos ao céu, os abençoou; partiu os pães e os entregava a seus discípulos para lhos servirem; também repartiu os dois peixes por todos.     

 

 

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42


 

  E todos comeram e se fartaram.     

 

 

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43


 

  Em seguida, recolheram doze cestos cheios dos pedaços de pão e de peixe.     

 

 

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44


 

  Ora, os que comeram os pães eram cinco mil homens.     

 

 

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45


 

  Logo em seguida obrigou os seus discípulos a entrar no barco e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.     

 

 

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46


 

  E, tendo-a despedido, foi ao monte para orar.     

 

 

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47


 

  Chegada a tardinha, estava o barco no meio do mar, e ele sozinho em terra.     

 

 

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48


 

  E, vendo-os fatigados a remar, porque o vento lhes era contrário, pela quarta vigília da noite, foi ter com eles, andando sobre o mar; e queria passar-lhes adiante;     

 

 

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49


 

  eles, porém, ao vê-lo andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e gritaram;     

 

 

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50


 

  porque todos o viram e se assustaram; mas ele imediatamente falou com eles e disse-lhes: Tende ânimo; sou eu; não temais.     

 

 

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51


 

  E subiu para junto deles no barco, e o vento cessou; e ficaram, no seu íntimo, grandemente pasmados;     

 

 

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52


 

  pois não tinham compreendido o milagre dos pães, antes o seu coração estava endurecido.     

 

 

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53


 

  E, terminada a travessia, chegaram à terra em Genezaré, e ali atracaram.     

 

 

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54


 

  Logo que desembarcaram, o povo reconheceu a Jesus;     

 

 

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55


 

  e correndo eles por toda aquela região, começaram a levar nos leitos os que se achavam enfermos, para onde ouviam dizer que ele estava.     

 

 

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56


 

  Onde quer, pois, que entrava, fosse nas aldeias, nas cidades ou nos campos, apresentavam os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos a orla do seu manto; e todos os que a tocavam ficavam curados.     

 

 

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Marcos 7

 

 

 

 

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